O câncer de próstata é a segunda causa mais comum de morte entre os homens. Sendo, a quarta causa de morte por neoplasias no Brasil, o que corresponde a 6% do total de óbitos por neoplasias.
Além disso, essa doença causada por diversos fatores, possui medidas de prevenção e detecção precoce, que precisam ser conhecidas.
Por isso, continue a leitura e saiba mais sobre esse assunto.
Fatores de risco
Os três principais fatores de risco relacionado ao Câncer de Próstata são:
- Aumento da idade;
- Origem Étnica;
- Predisposição genética.
O câncer de Próstata, assim como os outros tipos de neoplasias, tem como marcador de risco o avanço da idade. Tendo isso em vista, a incidência e a mortalidade aumentam exponencialmente acima dos 50 anos de idade.
Outro importante fator associado é a história familiar de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos. Esse determinante pode aumentar o risco de 3 a 10 vezes em relação à população geral.
Já em relação aos fatores de risco modificáveis estão: a dieta, padrão de comportamento sexual, consumo excessivo de álcool, tabagismo, exposição à radiação ultravioleta e exposição ocupacional.
Importância da detecção precoce do Câncer de Próstata
Sabe-se que quanto mais precoce a doença for diagnosticada, maiores são as chances de cura, permitindo um tratamento menos agressivo com redução das complicações.
A dosagem do PSA é um método utilizado para detecção precoce da doença, porém, é preciso avaliar o custo-benefício. O valor de referência é até 4,0 ng/ml, com sensibilidade estimada entre 35% a 71% e a especificidade entre 63% a 91%.
Além disso, o valor preditivo positivo desse exame é em torno de apenas 28%, ou seja, é a probabilidade do paciente com o teste positivo ter realmente a doença. Isso significa que 72% dos pacientes com dosagem de PSA alterada, acabam sendo submetidos a biópsias desnecessárias.
Isso acontece pois, o antígeno dosado é produzido pelas células epiteliais da próstata e não somente pela célula cancerosa. Outras situações que alteram esse exame são: prostatite e hiperplasia prostática benigna.
Medidas de prevenção
Segundo estudos, há evidências de que a dieta rica em frutas, verduras, legumes e grãos/cereais integrais, associado a hábitos de vida saudáveis, ajudam a reduzir o risco de câncer assim como das doenças crônicas não transmissíveis.
Outra forma de prevenção é realizar o rastreamento oportunístico. Isso ocorre a partir da sensibilização de homens entre 50-70 anos que procuram o serviço de saúde por outro motivo, e que são informados sobre a possibilidade de detecção precoce deste câncer, informando as limitações e benefícios.
Diagnóstico de Câncer de Próstata e suas evidências
O diagnóstico do câncer de próstata deve ser realizado a partir do estudo histopatológico da biópsia. No entanto, a biópsia deve ser considerada após a avaliação individual de cada paciente, quando houver anormalidades no toque retal ou na dosagem do PSA.
Para a análise histológica do tecido biopsiado é feito uma comparação com as células prostáticas normais, e quanto mais diferentes destas células, mais agressivo é a neoplasia e mais rápida a sua evolução.
Tratamento
O tratamento deve ser individualizado e singular, levando-se em conta a idade, o estadiamento do tumor, o grau histológico, o tamanho da próstata, as comorbidades, a expectativa de vida e a vontade do paciente.
Contudo, o tratamento localizado da próstata tem como opção terapêutica a cirurgia radical, radioterapia e a observação vigilante.
Cuidado paliativo
O câncer de próstata quando detectado tardiamente pode apresentar disseminação metastática e estágios avançados da doença. Baseado nisso, ao longo dos anos foi sendo observado avanços sobre a Medicina Paliativa e melhor conforto para os pacientes.
Os objetivos dos cuidados paliativos para esses pacientes são:
- Aliviar os sintomas associados à evolução final do câncer;
- Promover o bem-estar do paciente e proporcionando a dignidade na fase terminal da doença;
- Proporcionar o conforto aos seus familiares e cuidadores.
Princípios para o controle dos sintomas
- Abordagem multidisciplinar para o acompanhamento integral do paciente;
- Conhecimento da história natural desta doença para avaliação adequada sobre o prognóstico;
- Boa comunicação entre pacientes- familiares e equipe da saúde.
Sendo assim, também é fundamental medicamentos básicos para o alívio da dor, como opióides, para o bom controle dos sintomas.
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Texto: Lyz Tavares