Com a mudança do perfil das doenças atuais e o envelhecimento da sociedade, cada vez mais as doenças crônicas e múltiplas comorbidades são comuns, necessitando de cuidados redobrados, acompanhamento regular, vínculo com o profissional da saúde e auxílio no autocuidado.
Sendo assim, o empoderamento na saúde é quando a população passa a adquirir o domínio sobre suas vidas e é capaz de tomar decisões, promover o automonitoramento e cuidados com a saúde, a partir do desenvolvimento de novas habilidades e conhecimento. Dessa maneira, aumenta a autonomia pessoal, informação e proporciona novos significados e percepções sobre saúde.
Continue a leitura e saiba mais sobre o desenvolvimento do empoderamento e seja o protagonista da própria saúde.
Função da tecnologia
A tecnologia é capaz de potencializar ou desenvolver habilidades a fim de transformar o indivíduo como um todo na busca por melhorias na qualidade de vida.
Essas ferramentas são divididas na saúde em tecnologia dura, representada pelos equipamentos mais específicos; tecnologia leve-dura, que são os saberes estruturados na teoria científica; e a tecnologia leve, que consiste na formação do vínculo e relação para a implementação do cuidado.
A distância e o deslocamento para o serviço de saúde é um obstáculo para os pacientes com doenças crônicas e comorbidades associadas, que precisam de acompanhamento regular, sendo fator limitador para a adesão terapêutica e possibilita o surgimento de outras complicações.
Dessa forma, a tecnologia passa a ser uma ferramenta importante no cuidado à saúde, pois possibilita o automonitoramento, proporciona novas informações e desenvolve competências para o controle das comorbidades.
Desenvolvendo o pensamento crítico
O empoderamento ocorre a partir da aprendizagem dialógica, logo são ensinamentos horizontalizados, permitindo que o paciente seja o autor principal no cenário da sua saúde. Diante disso, o indivíduo passa a ser portador da informação e desenvolve posicionamento crítico capaz de ressignificar o próprio modo de viver.
Além disso, as pessoas informadas sobre a situação da sua saúde e responsabilizadas (empoderadas), se relaciona de forma mais eficaz com o profissional da saúde, com o único e principal objetivo de aprender novas ações para melhorar a qualidade de vida.
Relação médico-paciente
A criação do vínculo entre médico e paciente, geralmente garante maior adesão ao tratamento e cuidado com a saúde. Deve ser uma relação baseada em confiança e regada de respeito, estabelecendo as responsabilidades de cada pessoa durante o plano terapêutico e consequentemente melhora os resultados na saúde.
Com a população sendo protagonistas e corresponsáveis durante o acompanhamento, torna-se possível executar os mandamentos do SUS: universalidade, integralidade do cuidado e equidade.
O paciente deve ser consciente sobre como gerenciar sua vida apesar das enfermidades que possui, sendo o único capaz de construir uma melhoria na qualidade da própria vida.
Promoção e autocuidado com a saúde
A tecnologia é capaz de promover à saúde de forma remota e otimiza o tempo sem deslocamentos e filas nos postos de serviço de saúde.
Além disso, muitas das doenças crônicas como, por exemplo, Diabetes mellitus e hipertensão arterial precisam de cuidados para além do ambiente ambulatorial, devendo ser monitorado continuamente no domicílio.
Os pacientes mais informados e envolvidos no processo de saúde, são mais atuantes no cuidado e cumprem melhor a conduta feita em conjunto médico-paciente.
Os profissionais precisam construir uma integração entre si, com a finalidade de garantir o cuidado com abordagem não somente na doença, mas sim na pessoa, sabendo escutar todas as dificuldades enfrentadas no cotidiano com o convívio com a doença.
Portanto, sabe-se que baseando-se na relação dialógica, a prática do autocuidado possui infinitas vantagens tanto para os pacientes quanto para os profissionais. Sendo importante para troca de informações e experiências de cada caso, oferecendo uma assistência integral à saúde e valorizando a prática do autocuidado como peça fundamental para o desenvolvimento do bem estar.
Telessaúde no processo de empoderamento na saúde
A telemedicina atua proporcionando maior informação e comunicação, além de ampliar a atenção e o cuidado com a saúde. Garante melhor acesso, equidade e integralidade, podendo auxiliar no monitoramento contínuo dos sinais vitais e outros parâmetros de saúde.
Assim, é um instrumento que pode ser utilizado para tirar dúvidas durante o cuidado e tratamento, ter maior controle na alimentação a partir de um acompanhamento do profissional, e até receber orientações no momento de descompensação dos sinais e sintomas da doença de base, diminuindo o intervalo de tempo entre as manifestações e a intervenção precoce.
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