Desde sempre a mulher possui multiplicidade de papéis na sociedade. A mulher pode ser mãe, trabalha fora de casa, cuida da casa.
Assim, às vezes, esquece do principal: cuidados com a própria saúde. Como se não bastasse os inúmeros papéis, elas ainda são submetidas às diversas situações estressoras, necessitando criar forças para enfrentá-las.
Geralmente, o ambiente externo ao redor da mulher pode estar organizado e bem cuidado, mas isso pode predispor ao adoecimento do ambiente interno. Por exemplo, problemas psicológicos, ansiedade, depressão, distúrbios alimentares e transtornos associados ao ciclo reprodutivo.
Quer entender melhor do que se trata o assunto e quais os fatores protetores para a saúde mental da mulher? Então, continue com a gente e saiba mais!
Fatores agravantes dos transtornos mentais
Os fatores potencializadores para o adoecimento psicológico das mulheres são:
- Jornada repetida e inacabada das atividades realizadas: trabalha, cuida da família e casa;
- O contato com produtos tóxicos e objetos perfuro-cortantes;
- A falta de lazer e descanso;
- A falta de autonomia econômica;
- Repressão sexual e/ou submissão ao domínio do marido.
Além de toda vulnerabilidade relacional, ainda há os processos biológicos envolvidos que contribuem para prejuízo da saúde mental das mulheres. São eles menarca, gravidez e menopausa, agravados por questões sociais, como violências.
Epidemiologia dos Transtornos mentais
As mulheres possui o risco 1,54 maior que os homens para a incidência de qualquer transtorno mental.
Em geral, os transtornos mentais estão entre as 10 causas mais comuns de incapacitação no mundo:
- Depressão (13%);
- Alcoolismo (7,1%);
- Esquizofrenia (4%);
- Transtorno Bipolar (3,3%);
- TOC (2,8%).
Depressão e suicídio nas mulheres
A epidemiologia da depressão é de 2 mulheres para cada 1 homem, e é a principal causa de incapacidade no trabalho.
Sabe-se que o suicídio é a segunda causa de morte de mulheres entre 15- 44 anos, sendo mais comum em mulheres do que em homens, com maior ocorrência em: domésticas, donas de casa e estudantes.
Os fatores agravantes são: o patriarcalismo, vida muito fechada em casa e às vezes sem acesso às redes sociais, violência na família e vítimas de abusos físicos, psicológicos e violência sexual.
Transtornos mentais comuns e sua incidência
Os transtornos mentais comuns são mais comuns em mulheres (2:1), com maior prevalência de transtorno de humor depressivo/ ansioso, apresentando sintomas como: nervosismo, estresse, tristeza, irritabilidade, choro e os sintomas somáticos: dor de cabeça, insônia, dor estomacal, cansaço e perda de ânimo.
Em relação aos transtornos de ansiedade são mais comuns as fobias de animais, de escuro e de lugares fechados.
Transtornos mentais associados ao puerpério
Além de variados papéis que a mulher realiza, os fatores fisiológicos e hormonais podem colaborar para o desenvolvimento do adoecimento da saúde mental, por exemplo:
- Tristeza do pós-parto: acomete cerca de 26%- 85% das mulheres e dura de 1 a 10 dias;
- Depressão pós- parto: prevalência de 10%- 15% das mulheres, com duração média de 3 a 6 meses;
- Psicose pós- parto: é mais grave e recorrente, com acometimento de 0,2% das mulheres.
Fatores de proteção para a saúde mental das mulheres
- Boa auto-estima;
- Resiliência emocional, saber superar situações adversas mas sempre contando com ajuda do profissional psicólogo ou psiquiatra, se necessário;
- Pensamento positivo;
- Habilidades Sociais de resolução de problemas, de gerenciamento de estresse e desenvolvimento do autocontrole;
- Realizar atividade física;
- Ter tempo para o lazer;
- Ter realização pessoal e profissional;
- Apoio familiar para superar as dificuldades.
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Texto: Lyz Tavares
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