Médicos com Síndrome de Burnout

médicos com burnout

Médicos com Burnout. Esse é um assunto que precisa ser discutido. Mas você sabe o que é isso?

A Síndrome de Burnout é derivada do inglês “to burn out”, o que significa “consumir-se”.

Em 1974, o psicanalista Herbert Freudenberger usou pela primeira vez esse termo. O seu trabalho começou a não trazer o mesmo prazer de antes, apresentando esgotamento emocional e falta de estímulo.

Em 1999, Christina Maslach e Michael Leiter definiram a Sindrome de Burnout como exaustão emocional, despersonalização e falta de realização profissional.

Segundo o artigo “Síndrome de Burnout em médicos”, os médicos são considerados vulneráveis à essa doença, por estarem sob estresse emocional e físico ao longo de sua vida profissional. 

Sendo assim, consiste em um problema de saúde pública e que pode provocar ausência no trabalho e licença por doença. Dessa forma, a qualidade da assistência da saúde e produtividade são afetadas.

Tendo em vista tal importância, neste artigo vamos explorar mais sobre a Síndrome e conhecer sobre os fatores de risco e promotores na área médica. 

Sintomatologia

É uma síndrome psicológica composta por sinais e sintomas de esgotamento profissional. Isso ocorre devido a sobrecarga emocional gerada pela grande responsabilidade da profissão com a vida de outrem.

Além disso, apresenta: exaustão emocional, despersonalização com distanciamento dos pacientes e colegas de trabalho e ineficácia. Esse último sintoma, é a autoavaliação do paciente associada a sentimento de incompetência e baixa auto estima. Com isso, apresenta fadiga, depressão e irritação.

O profissional é envolvido pelo medo e angústia em relação aos pacientes graves e seus familiares. Exterioriza a sensação de frustração ou impotência quando ocorrem desfechos negativos. 

A síndrome está no capítulo XXI do CID-10, com o código Z73.0, que se refere aos problemas relacionados a organização do modo de vida

Especialidades com maior prevalência

A prevalência da síndrome de Burnout na Medicina é assustadora. Afeta 1 a cada 2 médicos no mundo, sendo um décimo destes afetado de forma grave. De acordo com CFM, em uma amostra de 7,7 mil profissionais médicos no Brasil, 23,1% apresentam a síndrome de forma grave.

As especialidades com maior prevalência de casos foram: Intensivistas, médicos de família, Medicina de emergência e Ortopedia.

Em relação aos médicos da Unidade de Terapia Intensiva, apresentam como fatores desencadeadores da doença muitos anos de experiência profissional na UTI e idade avançada. Ademais, essa especialização precisa estar em constante atualização científica para acompanhar o crescente avanço. Além disso, precisa da sensibilidade para reconhecer as necessidades do ser humano de forma singular. 

4 fatores estressores em médicos intensivistas

O artigo “Prevalência de síndrome de burnout em médicos intensivistas de cinco capitais brasileiras”, relata os 4 fatores estressores nessa especialização:

  • Lidar com a angústia dos familiares;
  • Pouco tempo para manejar as necessidades emocionais dos pacientes;
  • Possibilidades de complicações;
  • Lidar com os desfechos, como a morte. 

Oncologistas

Ao contrário, a menor frequência da Síndrome de Burnout foi em oncologistas, apresentando como fatores promotores:

  • Tempo para prática de exercícios físicos;
  • A maioria trabalha exclusivamente em instituições públicas. 

Fatores de risco

É uma doença multifatorial, relacionados desde a organização do ambiente de trabalho até a maneira como os profissionais enfrentam o estresse. 

A síndrome pode ser desencadeada pelo estresse emocional contínuo devido:

  • A responsabilidade do profissional em cuidar constantemente de pessoas;
  • O cenário atual da saúde;
  • A desvalorização profissional que essa área vem sofrendo com muitos processos na Justiça. 

O estresse está relacionado a alta carga horária dos profissionais, salário insatisfatório, número reduzido de trabalhadores durante o expediente, redução da qualidade e horas de sono e ambiente cercado de emoções.

Outros fatores de risco para as formas graves são: alto consumo de tabaco, álcool ou medicações psicotrópicas. 

Promoção da saúde mental entre os profissionais

Já em relação aos fatores promotores da saúde mental, é baseada na personalidade de cada indivíduo. Os médicos mais otimistas se sentem mais valorizados e satisfeitos com a profissão. Além da motivação promovida pelo aumento salarial condizente com a carga horária. 

Para a promoção da saúde mental é importante enfrentar o estresse diário da profissão com psicoterapia em grupo, prática de exercícios físicos, atividades de lazer, apoio familiar diário e desenvolver capacidade em lidar com as emoções. 

Dessa forma, é necessário maior divulgação desta síndrome entre os profissionais da área da saúde para facilitar o reconhecimento dos sintomas e assim, alcançar o tratamento adequado. 

Por fim, é essencial que durante a formação médica haja o desenvolvimento e preparação psicológica para melhor controle do estresse na Medicina.

Quer saber mais informações sobre o assunto? Então, entre em contato com a Conexa Saúde e fique por dentro dos próximos artigos. 

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