Superlotação em Hospitais x Telemedicina

Como a telemedicina pode ajudar na superlotação em hospitais?

A superlotação nos hospitais é considerada um problema mundial. O cenário é caracterizado por alguns fatores, entre eles a falta de leitos; pacientes acamados nos corredores; longas esperas associada à baixa resolutividade e redução na qualidade do atendimento.

No caso da emergência a situação não é diferente, com longas filas de espera e falta de estrutura para os cuidados adequados. 

Quer entender melhor sobre o assunto? Então, continue a leitura e conheça algumas intervenções e como a telemedicina também pode auxiliar na redução de problemas no sistema de saúde.

Superlotação

American College of  Emergency Physicians (ACEP), caracteriza a superlotação nos hospitais como situação em que a necessidade dos serviços de emergência supera os recursos disponíveis na unidade de saúde. 

Nesse sentido, a situação está cada vez mais grave nos últimos anos no Brasil, com a perda de leitos hospitalares. Segundo o estudo realizado pela Confederação Nacional dos Municípios, o país perdeu 40 mil leitos na última década.

Principais problemas enfrentados

  • Falta de equipamentos;
  • Falta de profissionais qualificados e especializados nos serviços;
  • Má distribuição de médicos no país, dificultando o acesso em alguns locais.

Acredita-se que a situação é gerada pela deficiência na assistência primária. Associado a isso, os pacientes que não conseguem marcar consultas eletivas acabam procurando os prontos-socorros de grandes hospitais, provocando mais superlotação. 

Para solucionar esse impasse, o fortalecimento de estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças seria o primeiro passo da mudança.

Impactos na saúde

Veja alguns impactos dessa situação na saúde:

  • Aumento do tempo de permanência no Serviço de Emergência Hospitalar;
  • Maior tempo de espera pelo atendimento;
  • Retardo para estabelecer conduta diagnóstica e terapêutica;
  • Agravamento da saúde dos pacientes nas filas de espera;
  • Redução da qualidade do atendimento;
  • Sobrecarga dos profissionais de saúde;
  • Equipes de saúde exaustas e desmotivadas.

Atrasos no atendimento

Segundo o artigo: “Intervenções para solucionar a superlotação nos serviços de emergência hospitalar: uma revisão sistemática”, algumas doenças têm aumento de mortalidade por conta da demora da intervenção terapêutica, são elas:

  • Pneumonia;
  • Sepse;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Apendicite. 

Estratégias 

Encontrar a solução para o cenário caótico na saúde é uma tarefa complexa, mas que gera impacto na saúde e qualidade de vida da população. 

O primeiro passo é o mapeamento- pelos gestores dos hospitais e de prontos-socorros- das principais causas de procura de assistência médica e hospitalizações. 

A partir daí, pensar nas próximas estratégias. 

Veja algumas delas:

Resolutividade

É preciso dispor de métodos de diagnóstico de qualidade, com alta sensibilidade e especificidade para as principais doenças.

Além disso, é fundamental que a equipe assistencial esteja motivada e proativa para atuar em situações iminentes.

Como a telemedicina pode ajudar a evitar o colapso do sistema de saúde

Entre os termos mais escutados durante a pandemia da Covid-19, podemos destacar o ”colapso do sistema de saúde”. Uma crise sanitária e humanitária, como a implementada em 2020 a nível mundial, joga luz em discussões sobre pautas de extrema importância que a maior parte dos cidadãos comuns não têm acesso comumente.

As dificuldades da estrutura da saúde pública são sentidas na pele pela população mais vulnerável. Essa deveria ser uma preocupação constante, independente do contexto. Mas acompanhar o colapso a nível nacional e até mundial gera um alerta ainda maior e escancara tanto a importância do SUS, quanto a necessidade de melhorias.

telemedicina é uma ferramenta que auxilia no diagnóstico, além de agilizar uma série de fases do processo de tratamento e no acompanhamento das enfermidades.

Isso ocorre por diversos motivos e vantagens inerentes a essa inovação tecnológica. Veja algumas:

  • Laudos de exames médicos à distância;
  • Acesso à opinião de especialistas de cada área;
  • Amplia o acesso aos serviços;
  • Garante educação continuada em saúde;
  • Melhor triagem das doenças;
  • Facilita o acesso ao histórico do paciente e exames já realizados, reduzindo o tempo com procedimentos desnecessários.

Gestão de leitos, fluxos e protocolos 

Uma equipe dedicada e treinada em protocolos para cada situação melhora o fluxo dos atendimentos e reduz os riscos de erros de diagnósticos e tratamentos.

O trabalho com metas, monitoramento de altas hospitalares e resultados também aperfeiçoa os atendimentos nos serviços na emergência.

Trabalho em equipe

A integração inter-hospitalar e intra-hospitalar entre os setores e profissionais da saúde envolvidos é fundamental para otimizar o tempo entre diagnóstico e tratamento.

O resultado é a alta hospitalar em menos tempo e, a consequente redução da superlotação dos hospitais. 

Triagem de qualidade

Para que o oferta de suporte de saúde seja superior à necessidade dos serviços prestados é essencial uma triagem de qualidade. 

Ela garante ao usuário ser classificado de acordo com a gravidade e isso o direciona aos cuidados específicos de cada caso.

É bom lembrar a Política Humaniza SUS, com a estratégia de Acolhimento com Classificação de Risco. Essa ação tem como objetivo reorganizar o fluxo dos atendimentos, garantir agilidade ao paciente grave, que corre risco de vida ou sequelas. 

Ela também proporciona melhor condição de trabalho, qualidade e resolutividade no serviço.

Equipes de alto desempenho

Já que o principal marcador de superlotação é aumento do tempo de permanência nos hospitais, tendo como consequências o atraso no diagnóstico, tratamento e o aumento da morbimortalidade, uma saída seria construir e treinar equipes para o alto desenvolvimento clínico. 

Com equipes preparadas, gestores e profissionais capacitados há condições de oferecer serviços com maior rapidez e qualidade e diminuir as estatísticas.

Entenda o que é o colapso no sistema de saúde

O termo ‘colapso’ é usado quando acontece uma sobrecarga de demanda nas unidades de saúde. Ou seja, quando há mais pessoas buscando atendimento do que a capacidade que os equipamentos e o pessoal conseguem receber.

O colapso pode acontecer em diferentes escalas. O sistema de saúde de apenas um bairro ou região específica pode estar sobrecarregado, mas o problema também pode se alastrar para um país inteiro, como aconteceu na pandemia da Covid-19.

Vale pontuar que, mesmo em diferentes níveis de gravidade, o colapso pontual do sistema de saúde, como em uma área da cidade, já deve ser encarado com a devida importância.

É importante ressaltar que o estágio mais extremo, como aconteceu na pandemia, não afeta apenas a malha de saúde pública. Quando o sistema de saúde entra em colapso, também não há disponibilidade de atendimento na rede privada. Ter o melhor plano de saúde, dinheiro, nome ou contatos não tem valor: você não poderá ser atendido de qualquer forma.

Colapso aponta que algo na estrutura precisa mudar

Em entrevista para o portal de notícias Terra, o gerente de inovação do Instituto do Coração (InCor), Guilherme Rabello, afirmou que situações de colapso são decisivas para criar novas estratégias. “É como quando um acidente aéreo ou incêndio acontece e se seguem várias discussões e debates sobre quais medidas de segurança devem ser repensadas, quais equipamentos de proteção podem ser incorporados ou quais protocolos de atuação precisam ser revistos”.

A coordenadora da FGV Saúde, Ana Maria Malik, acrescentou: “Precisamos oferecer o cuidado correto, no lugar certo, na hora que o paciente realmente precisa. Essa é uma das soluções para evitar um quadro onde pacientes procuram determinado serviço de saúde sem que haja uma real necessidade ou outra maneira de solucionar e garantir o tratamento adequado. Dessa forma, é possível garantir que os recursos sejam utilizados de forma mais otimizada”.

Telemedicina como aliada

É aí que a telemedicina entra. O atendimento médico on-line ganhou ainda mais destaque na pandemia do coronavírus por garantir o distanciamento social tão necessário. Porém, é interessante saber que antes mesmo dos acontecimentos de 2020, o modelo já havia se firmado como uma das maiores tendências da área da saúde no mundo todo.

Pelo ponto de vista do paciente, a consulta online combina a atenção de um encontro presencial com a praticidade do mundo digital. Já pela ótica estrutural, levantada pelo colapso no sistema de saúde, a telemedicina responde às demandas de otimização e inovação apontadas por Rabello e Malik.

A telemedicina ajuda a evitar as idas desnecessárias à emergência que sobrecarregam o sistema de saúde e também é uma ótima opção para fazer os acompanhamentos após uma primeira consulta que precisa ser presencial. Fora a possibilidade de consultar de casa nas mais de 30 especialidades clínicas oferecidas pela plataforma da Conexa Saúde.

Texto: Lyz Tavares e Manoela Caldas.

Edição: Luciana Cavalcante

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