Por décadas, acreditou-se que quanto mais vertical a hierarquia de uma empresa, melhor. Os novos modelos de negócio mostraram o contrário ao apostar na horizontalidade e proximidade entre os superiores e subordinados.
O segredo é garantir a transparência no trabalho. Acabou a vez daquele chefe que retém informações e está com a porta sempre fechada para os funcionários. Qualquer relacionamento saudável é construído com base na confiança mútua, e no âmbito profissional não deve ser diferente.
Gestão transparente
Os millennials esperam mais de um emprego que o pagamento no fim do mês. A nova geração busca trocas aprofundadas, experiências e satisfação pessoal no trabalho. Esta visão de mundo que visa derrubar paredes que nos dividem não conversa com a antiga mentalidade de distanciamento de chefes e funcionários.
A transparência no trabalho deve se tornar uma cultura dentro da empresa. Ou seja, ser um pilar, estar presente em todas as relações e decisões.
Há algumas características que definem uma gestão que visa a transparência no trabalho. Citamos algumas delas, mas a lista é grande. Confira:
- Ter líderes, não chefes;
- O líder deve estar inteirado em todas as etapas de trabalho, não apenas no resultado final;
- Cultura do feedback;
- Informação descentralizada.
O funcionário como porta-voz
Porque investir na transparência no trabalho? É mesmo preciso se importar tanto com o bem estar dos colaboradores? A resposta, sem dúvidas, é sim. Há de se lembrar que o colaborador é o principal porta-voz da sua empresa.
O estudo Edelman Trust Barometer apontou que funcionários passam três vezes mais credibilidade que o próprio CEO da empresa quando falam sobre ambientes de trabalho.
Por isso, garantir um ambiente saudável e transparente é essencial para que o colaborador vista a camisa da empresa e assim, tenha mensagens positivas para disseminar sobre a corporação.
O funcionário deve estar incluído na gestão. Se ele tem mais importância para a imagem da empresa para terceiros do que o próprio CEO, não há motivos para manter uma dinâmica centralizada e vertical.
Repense burocracias desnecessárias
Entendemos que algumas burocracias são necessárias para manter a ordem. Sugerimos, então, que você revise as que atualmente são implementadas na comunicação interna da sua empresa e remova as que só existem para dificultar a dinâmica de trabalho.
Voltemos a falar sobre horizontalidade como uma forma de garantir a transparência no trabalho. Vamos supor que um colaborador ache uma falha urgente no orçamento de um projeto que deve ser comunicada às pressas ao chefe.
O ideal é que ele possa simplesmente sair de sua mesa, perguntar se o superior está disponível naquele instante e comunicá-lo. Mas a burocracia pode exigir que aquele funcionário comunique o RH, que por sua vez vai passar o recado para a secretária, que então vai tentar encaixar o recado na agenda de semana que vem.
Neste processo desnecessário, o orçamento já vai ter sido passado na versão errada. Este é apenas um exemplo de como certas burocracias só existem para fazer manutenção de velhos hábitos que vão contra a transparência no trabalho.
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Texto: Manoela Caldas.